quinta-feira, 28 de dezembro de 2006

Colégio Militar, presente! (III)


Encontro - agora, quase quatro anos passados! - publicado na Revista da Armada n.º 362 (Março de 2003) um artigo intitulado "O Espírito do Colégio Militar", escrito por J. Semedo de Matos, Capitão de Fragata Fuzileiro e ex-aluno.

"[...]nunca me foi tão difícil enfrentar a folha de papel, sabendo de antemão que tinha de aí deixar gravado algo do que está no mais fundo da minha alma[...]"

Deixo um excerto que me tocou de forma especial:


Compreendemos assim porque ostentam a barretina na lapela? porque se tratam de maneira diferente? porque confiam uns nos outros de forma especial? e porque chegam ao dia 3 de Março de cada ano e vão como loucos para a Avenida da Liberdade gritar Zacatraz, Zacatraz, à passagem dos que ainda lá andam?....
Fazem-no porque aqueles miúdos com farda cor de pinhão são agora a imagem viva da sua própria juventude que revivem naquele dia, acreditando por momentos que, enquanto houver Meninos da Luz com farda cor de pinhão a desfilar na Avenida da Liberdade (ou onde quer que seja), eles serão eternos. Serão eternos naquela fraternidade e – mais importante do que tudo isso – serão eternos os valores que os moldaram desde os dez anos de idade: será eterna a camaradagem colegial (forma sublime de definir a fraternidade de que já falei), será eterno o amor à pátria, a integridade de carácter, a lealdade, a coragem, a vontade de ultrapassar todos os limites, a força de acreditar em algo que é mais importante do que eles próprios, sabendo que só assim a ideia vive e a obra nasce.

Vale mesmo a pena lê-lo na íntegra.

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