segunda-feira, 29 de janeiro de 2007

Por aí

Uma breve recolecção do que se vai escrevendo sobre a temática do referendo à liberalização do aborto, na perspectivo do "Não", evidentemente:

«A investigação biológica e o espantoso desenvolvimento das técnicas de observação do desenvolvimento do embrião, em especial a cine-ecografia a três dimensões e a cores, durante os noves meses de vida no ninho materno, trouxeram para o conhecimento científico verdades indiscutíveis. E só por obscurantismo inaceitável pode, hoje, alguém pô-las em dúvida. O obscurantismo científico, antes tão criticado e por boas razões, parece que começa agora a ter adeptos entre os mesmos que eram os seus maiores inimigos.»

«Cabe à mulher grávida esta magnífica oportunidade de exercer, com toda a dignidade biológica e ética, um papel radical e radicalmente humano que é o de defender o novo ser vivo da espécie humana, que nela vive e se desenvolve, contra tudo e contra todos os que possam ameaçar o direito absoluto à vida e ao desenvolvimento de que o novo ser é titular.»

Daniel Serrão

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«Este referendo não é uma opção entre direita e esquerda, entre católicos e ateus, entre novos ou velhos, entre mulheres ou homens. Não é partidário, nem é clerical. Não interessa mais a certas categorias de portugueses do que a outras. Este referendo convoca todas as consciências, interrogando-nos e desafiando-nos no plano dos valores essenciais da pessoa humana.

Revemo-nos na atitude cívica, generosa, dos movimentos que se organizaram em defesa da vida e reconhecemos a sua liderança social.

Este referendo provocará um avanço de civilização, se der protecção à vida, ou um retrocesso de civilização, se banalizar a sua eliminação. Em defesa do direito à vida, votamos ‘não’ no próximo dia 11 de Fevereiro.»

Adriano Moreira, José Ribeiro e Castro, Paulo Portas

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«Pensar que se ajuda a mulher, nessas circunstâncias, facilitando-lhe o aborto, é grave erro de perspectiva, pois facilita-se-lhe a derrota, não a ajudando à vitória sobre a fraqueza sentida. Uma lei facilitante torna-se numa tentação acrescida para uma mulher a sentir dificuldades em assumir a sua maternidade. Uma senhora escrevia-me há dias: “eu sei que matei um filho; mas nessa altura ninguém me ajudou”. Se queremos ajudar, não facilitemos a derrota, a mais triste na vida de uma mulher.»

D. José Policarpo

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