domingo, 1 de julho de 2007

24 - 6.08


Uma das particularidades que mais aprecio na personagem Jack Bauer é a sua versatilidade. Um autêntico "faz tudo".

Agora, desarmar um engenho nuclear? Rebuscado, para não lhe chamar outra coisa.

Outra coisa que julgo não ter sido bem visualizado pelos argumentistas: houve uma explosão nuclear, e as pessoas continuam a andar na rua como se fosse "rush hour"?

1:00 - 2:00 PM na Fox


(Fonte da imagem)

10 comentários:

joaquim disse...

Caro André
Sou insuspeito porque gosto muito da série.
É fácil, tem acção e não incomoda!!!
Mas "cum raio" a melhor unidade contra terrorista dos EUA está sempre cheia de infiltrados e o presidente do país é sempre um "pobrezinho"???
Mas como não e para ser "a sério", tudo bem.
Hei-de contar-te uma história que tenho na minha vida à conta do pai verdadeiro do "Jack Bauer".
Abraço amigo

André A. Correia disse...

Referes-te ao Donald Sutherland?

joaquim disse...

Yes!!
Mando-te a história por mail.

MCA disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
MCA disse...

Não acompanho a série porque não tenho televisão mas vi alguns episódios gravados. A ideia com que fico é que (aparte a qualidade inegável) esta é uma série que cumpre a mesma função propagandística (com outra sofisticação, os tempos são outros) de «Missão impossível» nos anos 60 e 70: o padrão ideológico é o mesmo: os bons (sempre americanos) e os maus (antes comunistas, hoje terroristas árabes); os EU como salvadores do mundo e da civilização ocidental; os seus agentes, sempre heróicos, sempre sacrificados, sempre moralmente inatacáveis.
O que me parece grave nisto é que a mensagem passa. 24 tem sido o melhor veículo de propaganda americana do pós guerra-fria.

André A. Correia disse...

Cara Maria Clara,

Por acaso tenho uma ideia ligeiramente diferente à sua. Conquanto o triunfalismo americano esteja evidenciado, na construção do enredo deparamos com muito "jogo sujo" político e dos próprios personagens.

Jack Bauer não é um herói clássico. Utiliza métodos que nos transportam ao que se fala de Guantanamo (tortura, pressão), falha em alturas críticas, a sua moral é questionável.

24 é também muita crítica interna, desde o funcionamento dos corredores da Casa Branca - e dos próprios Presidentes, até ao "common american". São retratados como volúveis, incapazes de resistir à cor do dinheiro e do poder.

Enfim, é entretenimento pesado :)

joaquim disse...

Concordo com o André, porque na maior parte das vezes, sobretudo o presidente dos EUA, sai muito mal na série.
"Corrupto, fraco, incompetente, etc, etc.
Se dá a ideia de uma América a lutar contra os maus, também dá a ideia que a América tem também em si os maus.
Enfim é uma série feita por americanos!!!

MCA disse...

Provavelmente têm razão. Como disse anteriormente, não acompanho a série. A ideia que transmiti foi aquela com que fiquei ao ver alguns episódios. Mas talvez seja uma ideia muito limitada.

MCA disse...

Mas estarei errada quanto à ideia de a série ser um veículo de propaganda americana (uma propaganda diferente da dos anos 60, porque as pessoas já não caem nas histórias da carochinha)? Quero dizer, ainda que autocrítica, a ideia que passa não será a de uma América que, embora tenha muitos problemas internos, muitas "ovelhas negras", muitas contradições, no fundo é boa, está do lado "certo" e, em última análise, representa o Bem? Ou seja, uma propaganda mais subtil, uma propaganda que "pega" num mundo muito mais desconfiado e menos maniqueísta hoje do que no tempo da Guerra-Fria. Pergunto...

André A. Correia disse...

Ó Maria Clara, qual a série norte-americana de TV que não transporta essa ideia? Seja de acção, de ficção científica, dramática, encontramos sempre - umas vezes "escarrapachada", outras vezes com mais subtileza - a associação EUA=Bons.

O problema é que esse é um retrato quase fidedigno dos últimos 100 anos. E naturalmente sentem orgulho disso...