terça-feira, 7 de agosto de 2007

Ai Timor

Registo com muita pena a situação política que se está a desenvolver em Timor-Leste. Já ecoa nos meios de informação o início de actos violentos um pouco por todo o país, depois de José Ramos-Horta ter convidado Xanana Gusmão a formar Governo, pese embora ter sido a Fretilin o partido mais votado nas últimas eleições.

Não sou politólogo nem constitucionalista, e como tal não me pronuncio sobre a legalidade da decisão do Presidente da República, nem tão pouco o seu mérito.

O que me faz confusão é esta dança de cadeiras. Gusmão foi Presidente, será agora Primeiro-Ministro (toma posse amanhã, quarta-feira), já Ramos-Horta faz o caminho inverso, tudo num muito curto espaço de tempo.

Não me parece grande democracia.

3 comentários:

joaquim disse...

caro André

Naquele tempo, quando tudo estava ao rubro, escrevi isto que aqui deixo.

Terá mudado muito até hoje?...

Lá longe morre alguém
todos os dias…
Lá longe, mais longe
que o Sol,
e que a vista alcança…
Lá longe, mais longe
onde a memória
se chama esperança…
Lá longe, mais longe
onde a minha Pátria
se cobre de vergonha…
Lá longe, tão longe
morre um povo,
feito no erro dos homens…
Lá longe, tão longe
onde a brisa do vento,
sussurra o esquecimento…
Lá longe, tão longe
onde toda a vida,
pode ser um só momento…
Lá longe, tão longe
onde a palavra aprendida,
se chama saudade…
Lá longe, tão longe
onde a palavra a aprender
se reclama liberdade…
Lá longe
e no entanto tão perto,
onde a vida de dor
se chama Timor…

04.12.1991

abraço amigo

MCA disse...

Timor continua a ser um bico-de-obra. E isso interessa a alguém...

André A. Correia disse...

Os petrodólares são convidativos...