quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Cultura

Só se pode lamentar o Primeiro Ministro não ter, de uma vez por todas, feito o downgrade da pasta, passando a Cultura para Secretaria de Estado. Todos esses intelectuais arvorados que pululam no burgo e que defendem políticas de Cultura (?!) só estão à espera das ajudas, subsídios, apoios e favores. O esforço e o trabalho ficaram em segundo plano, e as obras que produzem roçam por norma a mediocridade, e não atraiem público. É só gastar o erário público.

Mas quero dar um exemplo do que, na minha opinião, um agente cultural deve ser. Acompanho de muito perto a Teresa Cardoso de Menezes. Esta soprano já lançou três discos, e tem a sua própria editora/produtora. No seu último lançamento recebe a seguinte crítica de Rui Vieira Nery:

"Teresa Cardoso de Menezes é, a muitos títulos, um caso de excepção na vida musical portuguesa. (...) Upon a Star (...) pôe em realce de forma transversal uma voz de grande doçura e uma sensibilidade artística discreta e sofisticada, num diálogo musical de cumplicidade sempre fluente com o talento e a sonoridade requintada de Andreia Marques na Harpa (...)."
Conclusão, lança no mercado árias de ópera, música sacra e tradicional, música erudita que como todos sabemos tem perspectivas de vendas muito baixas no nosso panorama de consumo.

Nunca recebeu um tusto do Ministério da Cultura!

Comprem os discos. Valem muito a pena.

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