sábado, 3 de fevereiro de 2007

Verdades incómodas

Já percebi. Muitos dos adeptos do "sim" no referendo, afinal, estão a marimbar-se para o problema das mulheres, da clandestinidade, da saúde, da liberdade, que tanto apregoam.

Estão é preocupados em atacar de forma voraz, primária, doentia, a Igreja Católica e seus fiéis. Recalcamentos, complexos, dizem uns. Verdades incómodas, digo eu.

Alguns exemplos:

Ana Sá Lopes, no Diário de Notícias: "Já eram expectáveis os folhetos mais ou menos terroristas que alguns leigos católicos têm distribuído pelas caixas do correio ou nas mochilas das criancinhas dos infantários de Setúbal."

Miguel Abrantes, no Câmara Corporativa: "Sem anticlericalismo [???], não nos esqueçamos que, em pleno Séc. XXI, a Igreja Católica continua a achar as mulheres indignas do sacerdócio. Para justificar tão anacrónica doutrina, a Igreja invoca o argumento histórico (Cristo só teve discípulos), esquecendo-se de que o argumento é mesmo histórico, e canta umas loas acerca do papel da mulher como mãe. Não nos enganemos. A Igreja é machista e profundamente discriminatória. O mundo da Igreja é dominado por homens e as mulheres servem para pôr flores no altar ou estar recolhidas em conventos."

Vital Moreira, no Causa Nossa: "E muito mais cruel é ainda, além de farisaico, quando a criminalização é defendida sobretudo pela Igreja Católica, que condena também a educação sexual, o uso de preservativos e contraceptivos, a pílula do dia seguinte, etc."

Estes jacobinos radicais hão-de ter a sua resposta, a seu tempo, pela sociedade.

E a nós, cristãos católicos, conforta-nos as palavras de Paulo a Timóteo, sabendo que combatemos o bom combate:

Diante de Deus e de Cristo Jesus, que há-de julgar os vivos e os mortos, peço-te encarecidamente, pela sua vinda e pelo seu Reino: proclama a palavra, insiste em tempo propício e fora dele, convence, repreende, exorta com toda a compreensão e competência. Virão tempos em que o ensinamento salutar não será aceite, mas as pessoas acumularão mestres que lhes encham os ouvidos, de acordo com os próprios desejos. Desviarão os ouvidos da verdade e divagarão ao sabor de fábulas. Tu, porém, controla-te em tudo, suporta as adversidades, dedica-te ao trabalho do Evangelho e desempenha com esmero o teu ministério. (2Tm 4, 1-5)


A conversão na estrada para Damasco – Caravaggio
Fonte: Wikipedia.
Ver também: Wikimedia Commons.

Sem comentários: