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terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Portugal lá fora

"A Portuguese Tradition Faces a Frozen Future", no The New York Times.

Bacalhau, as the fish is called here, is to Christmas Eve in Portugal what turkey is to Thanksgiving in America. Treasured since the 16th century, when Portuguese fishermen first brought it back from Newfoundland, it bore the nickname fiel amigo — faithful friend. Its correct preparation is a source of pride, a sign of respect for family values.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Ronda

Depois de ler isto, pergunto-me mais uma vez o que faz demorar tanto o cheque-ensino.

Depois de ler isto, pergunto-me (ainda) mais uma vez porque é que o 25 de Novembro não é feriado nacional.

E uma sugestão para este Sábado, que vindo de quem vem só pode ser excelente.

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Há dias

Não percebo este post do Luís Rainha. Ou melhor, a segunda parte do mesmo. Se a população espanhola é cerca de 4,35 vezes a portuguesa, se só tivessem morrido 13 mulheres lusas às mãos dos companheiros o número já era aceitável? Afinal esta comparação entre Portugal e Espanha vem a propósito de quê? Interessa acaso fazer comparações destas?

Esta malta do 5 Dias desde a cisão só traz (ainda) mais disparates para a discussão.

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Liberdade e consequentemente qualidade na Educação

Depois de escrever este post, encontro o seguinte comentário nesta notícia do Público, que apresenta o ranking das dez melhores escolas do ensino básico (exames nacionais do 9.º ano):
"29.10.2008 - 01h17 - luis, espinho
por que não podem os pobres frequentar estas escolas? Se as minhas filhas custam, segunda a ministra, 3000 euros/ano ao erário público, DEVOLVAM-ME os 3000 euros e eu pagarei as propinas numa destas escolas e se calhar ainda me sobrava dinheiro! LIBERDADE DE ESCOLHA também para os pobres!"
Isto, garanto, é muito mais importante que o orçamento de Estado para 2009 ou muito mais necessário que Magalhães, TGVs e aeroportos. Podem pois continuar os nossos políticos a tergiversar. Virá alguém para fechar a porta.

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Liberdade de Educação

Convido quem por aqui passar a ler este artigo. Num país que se dedica a formar analfabetos funcionais - quem tiver filhos no 1.º Ciclo sabe do que estou a falar - a única solução que resta para o futuro da comunidade educativa actual é a liberdade de educação, e essa liberdade só é possível com o cheque-ensino.

Ouvir ontem uma mãe na reunião de pais, professora de Matemática do 3.º Ciclo, a pedir encarecidamente ao professor de uma turma do 3.º ano para lhes ensinar a tabuada deixou-me derreado. Contava ela aos restantes pais que mais de 75% dos seus actuais alunos não sabe a tabuada. A tabuada, senhoras e senhores! O básico dos básicos!

E depois ver na televisão um Governo a fazer publicidade à Intel e à JP Sá Couto é deprimente. Que querem?

sábado, 26 de julho de 2008

Heróis

Hoje, no regresso dos corpos a Portugal, os antigos membros de Companhia 121 responderam à chamada e regressaram a Tancos para a última homenagem aos companheiros mortos em combate.

Esta é a ditosa pátria minha amada,
A qual se o Céu me dá que eu sem perigo
Torne, com esta empresa já acabada,
Acabe-se esta luz ali comigo.

terça-feira, 27 de maio de 2008

Definição de Serviço Público

Chegarmos às 14:00 ao Serviço Local de Cascais da Segurança Social* para inscrever um trabalhador por conta de outrem e deparar-nos com a recusa de atendimento porque está muita gente à espera!


*Horário de atendimento: Segunda a Sexta-feira, das 09h00 às 16h30, como se pode verificar no site da Segurança Social.

sexta-feira, 28 de março de 2008

Carolina Michaëlis

Lê-se na Wikipédia:
Carolina Michaëlis de Vasconcelos (Berlim, 15 de Março de 1851 — Porto, 22 de Outubro de 1925) foi a mais célebre filóloga da língua portuguesa. Ela foi crítica literária, escritora, lexicógrafa, investigadora e a primeira mulher a leccionar numa universidade portuguesa, na Universidade de Coimbra. Ela tem grande importância como mediadora entre a cultura portuguesa e a cultura alemã.(...)
Um grande vulto, uma grande senhora. Se a respeitassem, não associavam ao seu nome à vergonha que são muitas das escolas em Portugal!

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Comentário da semana

«Só gostava que me explicassem uma coisa. Como é que um Estado como o espanhol, com o enorme problema das autonomias que ameaçam constantemente desmembra-lo, consegue ter governos que cumprem integralmente a legislatura. O João Carlos I apenas teve como presidentes do Conselho:
Arias Navarro (herdado de Franco); Adolfo Suarez; Calvo Sotelo; Felipe González; Aznar e o Zapatero.
Por aqui, e se descontarmos os governos provisórios, já vamos em 17 (...)»


Nuno Castelo-Branco, na caixa de comentários deste post do Paulo Gorjão.

sexta-feira, 30 de novembro de 2007

A palhaçada do costume

"Governo e organizações sindicais voltam a apresentar números muito divergentes quanto à adesão à greve da Função Pública que está esta sexta-feira a ter lugar. O secretário de Estado da Administração Pública, João Figueiredo, informou que a greve está a ter uma adesão média de 20,03% na administração central(...) A Frente Comum havia anunciado anteriormente uma adesão superior aos 80%." (realces meus, fonte Expresso)
Quem fala verdade? Cá para mim, ninguém.

Porreiro, pá.

terça-feira, 13 de novembro de 2007

Ostentação, despesismo, enfim triste sina de quem é governado por malta desta!

Tenho feito chegar à caixa de comentários de muitos blogues uma opinião, escorada pela análise de alguns entendidos nestas matérias, que é contra-producente para a economia o corte cego nos rendimentos dos pensionistas e dos funcionários públicos, seja por via dos aumentos dos salários e pensões não acompanharem a inflação, seja por via da fiscalidade ter vindo a aumentar nestas classes (e noutras também, mas para o caso não interessa).

É que esta gente representa, devido ao seu número, um peso elevado na nossa estrutura de consumo. Com os orçamentos aprovados nos últimos anos (e aqui o PS e o PSD/CDS estão no mesmo barco) o que se tem obtido é que o rendimento disponível tem vindo a diminuir em termos reais. Um pensionista da classe média hoje ganha talvez menos 10 ou 15% do que ganhava há quatro ou cinco anos atrás. E se ganha menos, gasta menos, investe menos, poupa menos - e circula menos dinheiro na economia. Trava-se a inflação, mas impede-se o crescimento. E sem crescimento não há dinheiro para políticas sociais que para aí apregoam.

É preciso travar o deficit? É sim senhor. Todos nós temos a clara consciência que ninguém pode gastar mais do que ganha. Os custos com pessoal têm de ser controlados. Mas a estabilização orçamental tem de ser feita também pelo corte das despesas supérfluas, de modo decidido e transversal, e o critério pode ser o do bom-senso.

Esse bom-senso está completamente posto de parte, arredado da mente da classe política e governativa, quando deparamos com uma notícia destas:

Em época de contenção orçamental, e com a administração pública sujeita a restrições na aquisição de viaturas novas, por indicação do Decreto de Execução Orçamental para 2007, o ministro da Justiça acaba de comprar cinco automóveis topo de gama. O negócio, sem incluir o imposto automóvel (IA), de que as instituições públicas estão isentas, rondou um valor global de quase 176 mil euros (35 mil contos) e foi por ajuste directo, sem recurso a concurso público, e sem autorização do Ministério das Finanças. Poderá estar em causa a violação da lei.
Não sou demagógico ao ponto de dizer para irem de carro particular para o emprego, ou de transportes públicos como o comum do cidadão. Mas "Audi Limousine 2.0TDI", "Volkswagen Passat Limousine 2.0TDI" para quê? Em nome de quê?

Não servia um carro utilitário para andar a passear? Fora a publicidade, não servia por exemplo um Honda Civic Hybrid? Esse carro, com IA, custa 24.000 Eur, cinco destes 120 mil euros. Mesmo com o IA, poupava-se mais de 30%*!

Digam o que disserem, a verdade pura e crua é esta: estão-se marimbando para o país. No fim do campeonato, quem vier atrás que feche a porta!


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*E até podiam dizer ao Gualter para deixar de arrancar os milheirais dos outros, que o Governo de Portugal tem consciência ecológica! Que querem, o rapaz está sempre presente no meu pensamento quando penso no desenvolvimento sustentável...

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

O tratado de Sócrates e Barroso

Ao ouvir estes dois - e os jornalistas que acompanham as lides! - a cantar vitória sobre o entendimento alcançado esta madrugada pelos países da UE, proclamando uma expressiva vitória da presidência portuguesa, sinto que se comete uma grande injustiça.

Como também repara Pacheco Pereira no Abrupto, este acordo deve-se na sua quase totalidade à diplomacia da presidência alemã do semestre passado!

Um pouco de humildade e reconhecimento nunca fez mal a ninguém, senhores!

terça-feira, 25 de setembro de 2007

TGVs e afins

No Fliscorno.

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

O colosso (texto corrigido)


A Espanha afirma-se, no panorama europeu e mesmo mundial, um colosso a nível desportivo.

Actuais campeões do mundo de basket, não conseguiram bater a Rússia na final do Europeu, em casa. O marcador registou 59-60, o que diz bem do jogo competitivo a que se assistiu.

No mesmo dia sagra-se campeã da Europa de vólei (curiosamente frente à Rússia, em Moscovo!), pelo parcial 2-3. Daqui se pode aferir o que tem sido feito no país vizinho.

Não é por acaso que o Obikwelu, o Évora e a Naide, por exemplo, treinam lá. Em Espanha, trabalha-se e promove-se o desporto. Por cá...

(Foto do Pau Gasol)

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Como já falta pouco...

Como já falta pouco para levar a golpada na carteira com os manuais escolares, esses artigos de luxo - e ainda só tenho um filho no 1.º ciclo, quando chegar a vez dos outros dois... - deixo aqui o link para o comunicado de ontem da Associação Portuguesa de Famílias Numerosas (APFN). E depois digam-me que isto não é uma república das (ou de?) bananas!

sexta-feira, 17 de agosto de 2007

Actualidades

Respigo duas notícias que preencheram o dia de hoje:

  1. Uma cambada de desordeiros, auto-intitulados movimento ecologista Verde Eufémia, teve o desplante de entrar num terreno de cultivo privado e arrasaram com dois hectares de plantação de milho transgénico. Escondidos atrás de máscaras, próprio dos pulhas e dos canalhas, e sob o olhar complacente da GNR, ceifaram o que foi o trabalho árduo de alguém. Depois vêm com a lábia de estarem a «exercer o direito à resistência segundo o artigo 21º da Constituição da República Portuguesa». Como é possível as autoridades deixarem que isto aconteça? Entra-se em propriedade privada e ningém é preso! Inconcebível!
  2. O Sr. André Teives, do Sindicato dos Trabalhadores de Handling de Aeroportos , deve julgar que é o papá dos utilizadores de aeroportos. Derivado da greve este fim-de-semana, dá o seguinte conselho: «Tentem viajar hoje ou então na próxima semana, segunda ou terça-feira. Só deve arriscar ir para o aeroporto quem tem mesmo uma necessidade impreterível e isso não incluiu quem vai de férias». Exacto! Para que é que os meninos precisam de férias, marcadas com antecedência e muitas vezes com muito esforço financeiro? É preciso dizer ao papá que se este país tivesse gente de coragem à frente, a requisição civil já estava declarada, e quem não cumprisse era despedido no dia a seguir. Imediatamente. O presidente Reagan despediu 11.000 controladores aéreos por serem parvos. Meia-dúzia desta gente ninguém dá por falta...

terça-feira, 14 de agosto de 2007

A lembrar. Sempre.



Se quem com tanto esforço em Deus se atreve
Ouvir quiseres como se nomeia,
Português Cipião chamar-se deve;
Mas mais de Dom Nuno Álvares se arreia
Ditosa pátria que tal filho teve;
Mas antes pai: que, enquanto o Sol rodeia
Este globo de Ceres e Neptuno,
Sempre suspirará por tal aluno.


Os Lusíadas, VIII, 32

sábado, 28 de julho de 2007

O Rito de S. Pio V

Com a publicação este mês, em forma de Motu Proprio, da Summorum Pontificum por Sua Santidade Bento XVI, apareceram de imediato alguns "tradicionalistas" (confirmar p.e. aqui e aqui) que pretendem exigir junto dos bispos a existência de celebrações da Eucaristia pelo Rito antigo, ante-conciliar.

Não conheço o Rito e, a bem dizer, não me sinto muito tentado a conhecê-lo, mas reconhecendo-se toda a legitimidade a todos os que prendem celebrar a Missa Tridentina será, na minha modesta opinião, oportuno que as dioceses a possam estabelecer extraordinariamente segundo a oportunidade e capacidade que se mostrar devida.

O que já me parece demasiado é as palavras de ataque à posição expressa pela CEP, pela voz de D. Carlos Azevedo.

Primeiro porque denunciam uma intromissão no magistério próprio do episcopado na Igreja, a que todos os leigos católicos se devem conformar.

Segundo porque esquecem o que o mesmo Papa escreveu na Exortação Apostólica Sacramentum Caritatis:
«Bem distinta é a situação criada em algumas circunstâncias pastorais, onde, precisamente para uma participação mais consciente, activa e frutuosa, se favorecem as celebrações em pequenos grupos. Embora reconhecendo o valor formativo subjacente a estas opções, é necessário especificar que as mesmas devem ser harmonizadas com o conjunto da proposta pastoral da diocese; com efeito, tais experiências perderiam o seu carácter pedagógico, se fossem vistas em antagonismo ou paralelo com a vida da Igreja particular. A este respeito, o Sínodo pôs em evidência alguns critérios a que se devem ater: os pequenos grupos devem servir para unificar a comunidade, e não para a dividir; a prova disto mesmo há-de ver-se na prática concreta; estes grupos devem favorecer a participação frutuosa da assembleia inteira e preservar, na medida do possível, a unidade da vida litúrgica de cada uma das famílias.» (cfr n.º 63, realces meus).

sexta-feira, 20 de julho de 2007

A refundação segundo José Miguel Júdice



Pois não. E se alguém com "aptência política, sentido cívico e preocupação pela coisa pública" aparecer para liderar tal projecto, espera-o mais trabalhos que os doze executados pela figura mitológica citada.

Seré que JMJ se está a candidatar?

terça-feira, 17 de julho de 2007

Linhas de Força

À "boleia" da indignação n'A Biblioteca de Jacinto:


Poema do fecho éclair


Filipe II tinha um colar de oiro,
tinha um colar de oiro com pedras rubis.
Cingia a cintura com cinto de coiro,
com fivela de oiro,
olho de perdiz.

Comia num prato
de prata lavrada
girafa trufada,
rissóis de serpente.
O copo era um gomo
que em flor desabrocha,
de cristal de rocha
do mais transparente.

Andava nas salas
forradas de Arrás,
com panos por cima,
pela frente e por trás.
Tapetes flamengos,
combates de galos,
alões e podengos,
falcões e cavalos.

Dormia na cama
de prata maciça
com dossel de lhama
de franja roliça.

Na mesa do canto
vermelho damasco,
e a tíbia de um santo
guardada num frasco.

Foi dono da Terra,
foi senhor do Mundo,
nada lhe faltava,
Filipe Segundo.

Tinha oiro e prata,
pedras nunca vistas,
safiras, topázios,
rubis, ametistas.
Tinha tudo, tudo,
sem peso nem conta,
bragas de veludo,
peliças de lontra.
Um homem tão grande
tem tudo o que quer.

O que ele não tinha
era um fecho éclair.


António Gedeão, Poesias Completas [1956-1967], Livraria Sá da Costa Editora, 10.ª Edição-1987, pp. 146-147